AFP-Relaxnews
28 de jan. de 2016
De Bowie aos contos de fadas: Maison Margiela, Franck Sorbier e Elie Saab na passarela
AFP-Relaxnews
28 de jan. de 2016
Relaxnews – Os desfiles Maison Margiela não são lendários por nada, e não terá sido John Galliano o transformador da tradição na passada quarta em Paris. Já Franck Sorbier e Elie Saab, eles rivalizaram na graça e na audácia.
O desfile Primavera 2016 da Maison Margiela, imaginado por seu costureiro estrela John Galliano, terá sido uma verdadeira explosão de influências, cada uma mais ousada e luminosa que a anterior.
As coisas começaram de uma maneira muito mais convencional com casacos assimétricos com gola redonda, mas em pouco tempo vimos aparecer trench coats transformando-se em saias plissadas, capas de couro decoradas com estampados aquáticos e capas rosas e laranjas ligadas às costas com um simples blazer preto.
A maquiagem, tendo em especial vestígios de batom em todo o rosto e pescoço, sem que nos esqueçamos de alguns monóculos em ziguezague, rendia uma clara homenagem a David Bowie, que com certeza teria aprovado botas com lantejoulas douradas e calças metálicas apresentadas durante o desfile.
Na realidade, toda a coleção é infundida por esta criatividade louca que partilha Galliano com o cantor mítico recentemente falecido.
Franck Sorbier apresentou um espetáculo impressionante, esta vez muito mais inspirada no balé. As manequins dançavam evoluindo numa passarela instalada no coração do Museu Guimet, o refúgio parisiense das artes asiáticas.
No meio das estátuas antigas, elas ondulavam nos vestidos dourados, terra e fogo, uma ou outra espádua às vezes desnuda. A influência grega se fazia também sentir nos vestidos de verão influenciados pelo antigo chifon, ao passo que os homens, de calças justas pontilhadas de ouro, evocavam o tema astral.
Já o talentoso criador libanês Elie Saab concebeu um sublime conto de fadas com sua coleção encantadora de vestidos etéreos, ao mesmo tempo carregados de bordados, mas leves como plumas.
Boleros incrustados de diamantes, calças amplas de seda e bainhas próximas do solo estavam na pauta do dia, e perolas e cristais cobriam o chão.
Declinadas em uma paleta romântica (lilás, prata fosco, creme e azul), as peças estavam associadas a botas prateadas que traziam um toque vibrante de modernidade, e as bolsas lembravam o caráter bem atual das criações, felizmente contrabalançadas por coroas de flores oníricas.
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