Agencia Brasil
16 de jan. de 2017
Comerciantes de Manaus relatam queda no movimento após mortes em presídios
Agencia Brasil
16 de jan. de 2017
A Avenida Marechal, em Manaus - essencialmente comercial, com lojas, restaurantes populares e camelôs - parece cheia para qualquer visitante desavisado. Segundo alguns comerciantes, no entanto, o movimento caiu em razão do medo da violência após as mortes em presídios e fugas de detentos.
Vanda de Souza, 54 anos, tem um comércio no local e costumava fechar às 19h30, mas tem mudado de hábito e voltado para casa cerca de duas horas mais cedo. “Tem que ir mais cedo para casa. Eu ia às 7h, 7h30; agora estou indo às 17h, 17h30. Até as lojas estão fechando um pouco mais cedo. Um motivo é a queda do movimento e outro é por estar perigoso demais”.
Por volta das 13h, o número de lojas abertas e, principalmente, de camelôs na rua dá a impressão de comércio cheio, mas a dona de uma banca de revistas do local, Aldenice Barbosa, 66 anos, confirma a queda no movimento. “Não mudei minha rotina, não mudei nada. Mas mudou o movimento, caiu muito”.
Segundo ela, na última sexta-feira (6) correu entre os comerciantes a notícia de que um arrastão ocorria na região. Muitas lojas fecharam as portas, seguidas por Aldenice, mas ela não confirma o arrastão . “Disseram que ia ter arrastão, aí eu fechei, porque não tinha nenhuma loja aberta, não tinha ninguém na rua. Mas não vi nada”.
Cíntia Soares, 36 anos, vende sorvete em casquinha na rua do centro de Manaus. A rotina não mudou, mas a sensação é de insegurança. “A gente tem que trabalhar, senão como vai sobreviver?”. Ela reclama da falta de polícia nas ruas da capital. “Os policiais deviam rodar de bairro em bairro, mas eu não vejo isso”.
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