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Stylo Urbano
Publicado em
1 de set. de 2016
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5 Minutos
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China vê futuro incerto do seu 'fast fashion' por causa da poluição no país

Por
Stylo Urbano
Publicado em
1 de set. de 2016

O governo chinês está preocupado com a enorme poluição que assola o país desde que resolveu tornar a China a 'fábrica do mundo'. Será que a fabricação de roupas e acessórios baratos em altíssima escala vai continuar seu domínio nocivo na economia e no ambiente do país? Como o governo espera resolver a catástrofe ambiental que assola grandes cidades e áreas industriais do país?

 
De acordo com um relatório recente da China Water Risk chamado 'Luta de hoje para o futuro da moda', a indústria têxtil é uma das mais poluentes da China, pois consome e contamina a água com tingimento dos tecidos. Enquanto a China trabalha para conservar seus escassos recursos hídricos, o 'fast fashion' é um dos culpados pelo lento avanço do país asiático para ser sustentável, apesar de que não tem contribuído significativamente para o PIB.
 
Nos próximos anos, caberá à China decidir se quer continuar a ser uma fábrica barata para marcas estrangeiras ou alterar drasticamente a cadeia de abastecimento global da moda.

Dois anos atrás, o primeiro-ministro Li Keqiang disse que o país estava a passar por uma "guerra contra a poluição". Em 2015, o Ministério da Proteção Ambiental (MEP) lançou um relatório demonstrado que a qualidade ambiental total da China havia diminuído. Os sete grandes rios do país permanecem tóxicos e os recursos hídricos exibem-se altamente limitados.
 
Apesar de uma chamada para limpar todo o país, a indústria têxtil ainda continua a despejar toneladas de químicos perigosos nos cursos de água e, para piorar, se utiliza quatro vezes mais de água para fabricar roupas de algodão que culturas como o arroz. Na China a contaminação é imensa não só nas fontes de água, mas também na terra e no ar.
 
As iniciativas ambientais do país podem trazer riscos de curto e a longo prazo para o 'fast fashion'. A pesquisa da China Water Risk oferece a prova mais clara até agora de que a China tem enormes problemas causados pela indústria têxtil e que só vai tolerar novas tecnologias limpas de fabricação não-poluentes no futuro.
 
"Em 2015, o total de multas ambientais totalizaram 4.25 bilhões de Yuanes, uma alta de 34% em relação ao ano anterior", afirma o relatório da China Water Risk, que pergunta se ainda há espaço para a produção de 'fast fashion' na China, uma vez que sua importância no Produto Interno Bruto diminui a cada ano.
 
O relatório ainda acrescenta, "Além disso, 1.77 bilhões de inspeções foram realizadas no país, o que resultou em 191.000 empresas investigadas, com cerca de 20.000 sendo fechadas, 34.000 tiveram operações interrompidas e 89.000 tiveram de realizar ações de retificação".
 
"A moda é suja e sedenta, e devemos urgentemente solucionar a poluição desenfreada do país. Com objetivo atual de construção de uma bela China, onde o céu é azul, a terra é verde e a água corre limpa, o país está a repensar a melhor forma de alocar seus recursos para otimizar o caminho e equilibrar a economia e o meio ambiente".
 
Lançado em abril de 2015, Water Ten Plan é iniciativa de conscientização das fábricas têxteis do país para que elas se envolvam nos novos padrões de sustentabilidade nacionais. O relatório afirma que as fábricas têxteis têm de cumprir as novas normas industriais ou serão fechadas dentro dos próximos três anos.
 
"Nossa análise mostra que Pequenas e Médias Empresas (PME) enfrentam o maior risco de fechamento devido às exigências de investimentos de capital (CAPEX) para se atualizar e atender aos padrões de conformidade, além de maiores custos operacionais (OPEX). Mais de 90% das fábricas têxteis são PME", acrescenta o relatório.
 
Os principais centros têxteis da China também serão afetados, incluindo as fábricas nas proximidades do Delta do Rio Yangtze (YRD), onde mais de metade das fibras são fabricadas para a exportação. Considerando-se que quase três quartos de águas residuais têxteis permanecem não reciclados, esta pode ser uma solução imediata, mas, com certeza, vai causar um terremoto para as empresas de moda internacionais que fabricam quase tudo na China.

Foto: DR

 
O governo chinês vai ter de adotar medidas urgentes, pois do jeito que as coisas estão o país não terá futuro com seu meio ambiente contaminado. Os custos de eletricidade e mão de obra na China estão cada vez mais caros e isso se reflete no preço de artigos de moda, portanto, as marcas internacionais estão a procurar outros países com farta mão de obra barata e custos baixos como Bangladesh, Índia, Marrocos, Vietnam, Turquia e, agora, África.
 
Por causa da concorrência desses países, o governo chinês pensa em mudar o foco e tornar o país um grande fabricante e exportador de moda autoral com identidade própria (como os japoneses), em vez de uma fábrica barata para marcas de moda do Ocidente. Embora os chineses sejam os maiores fabricantes de roupas, acessórios e tecidos, o país não produziu até hoje uma grande marca de moda internacional que rivalize com outras empresas tanto de 'fast fashion' como de luxo.
 
Alguns setores dentro do governo querem aproveitar o talento dos jovens designers e empreendedores chineses que estudaram no exterior para criar uma nova indústria da moda para que o 'Made in China' não seja mais visto no exterior como cópias ordinárias e descartáveis, mas como produtos com design arrojado e de qualidade.
 
Para fazer isso, os chineses vão começar a fechar as fábricas poluentes que não conseguirem se adequar aos novos termos de sustentabilidade e abrir novas fábricas que utilizem tecnologias de produção mais eficientes, que não poluam o meio ambiente. Outra ideia é a de reciclar quimicamente todos os resíduos têxteis e roupas velhas para criar novos tecidos e evitar que sejam descartados nos aterros.
 
A China tem condições de mudar sua indústria têxtil, mas a dúvida é saber quando e de que forma eles vão implementar essa mudança, que vai abalar a indústria da moda.

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