Publicado em
23 de nov. de 2009
23 de nov. de 2009
Carga tributária limita empreendimentos
Publicado em
23 de nov. de 2009
23 de nov. de 2009
São Paulo - O Brasil perdeu, neste ano, duas posições no ranking do Relatório Doing Business 2010, do Banco Mundial, que avalia as nações segundo dificuldades e facilidades para fazer negócios. O país ficou em 129° lugar entre 180 países analisados. Em relação ao quesito pagamento de impostos, a queda foi ainda maior: passou de 146° para a 150° posição.
Robson Braga de Andrade, vice-presidente da CNI |
Os números foram apresentados nesta quinta-feira (19/11) pelo vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, durante a abertura do seminário Desafios para quem Gera Emprego, realizado no escritório da instituição, em São Paulo. “O brasileiro está entre os mais empreendedores do mundo. Um patrimônio que deve ser preservado. No entanto, por distorções e equívocos na área tributária, a maior parte desta energia é canalizada para a informalidade”, disse.
O Brasil tem mais de 50 tributos. A CNI defende a simplificação e a redução da carga incidente sobre a atividade produtiva, além de regras adequadas para relações entre fisco e contribuinte, capazes de dar mais equilíbrio, transparência e previsibilidade nos direitos e obrigações de quem produz e gera empregos.
O evento em São Paulo integra a Semana Global de Empreendedorismo, ação para estimular este potencial no país. Pelo menos 90 países reforçam a iniciativa mundial, que em 2008 envolveu mais de 3 milhões de pessoas. Neste ano a expectativa é mobilizar 5 milhões de brasileiros em ações por todo o país.
O seminário conta com o apoio das Organizações Globo, que atende mais de 50 mil anunciantes por ano. O grupo de comunicação realizou pesquisa que aponta a falta de segurança para empreender como um dos principais entraves à administração e operação das empresas.
“Mantemos contato com empreendedores de diversos segmentos e entendemos muito bem, por meio desse relacionamento, como é difícil empreender no Brasil”, disse Evandro Guimarães, vice-presidente de Relações Institucionais das Organizações Globo.
Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) seis determinantes são necessárias para a atividade empreendedora florescer em um país: cultura, educação, inovação, acesso a capital, condições de mercado e ambiente regulatório.
“Todos estes temas estão na agenda de prioridades da indústria. A sociedade precisa incentivar cada vez mais o desenvolvimento de políticas públicas que incentivem a uma carga tributária menor e uma legislação mais flexível, para que os empreendedores possam se adaptar e crescer”, defende Juliano Seabra, diretor de educação da Endeavor, promotora da Semana Global de Empreendedorismo no Brasil.
Fonte: CNI
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