Exclusivo
29 de dez. de 2013
Calçadistas apontam frustração nas negociações com a Argentina
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29 de dez. de 2013
Ficou para os últimos dias do ano a notícia que não era esperada pelos calçadistas, especialmente depois de reiteradas promessas por parte do governo de Cristina Kirchner, quanto à liberação dos mais de 700 mil pares de calçados negociados e impedidos de entrar na Argentina por conta das Declarações Juramentadas Antecipadas de Importação (DJAIs). O prejuízo direto é de mais de US$ 13 milhões.
Segue a nota do presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, que até o dia 20 de dezembro esperava por uma iniciativa que não se concretizou.
“Em termos práticos esta sexta-feira (27) será o último dia útil do ano. E os embarques de calçados brasileiros para a Argentina continuam bloqueados, sem qualquer expectativa de quando poderão ser processados.
Frustração é o sentimento de todos quantos nos empenhamos na solução desta questão ao longo dos últimos quatro meses, em defesa da indústria e dos trabalhadores que já sofrem os efeitos da situação.
Frustração porque todos os esforços das entidades, das empresas e dos trabalhadores resultaram sem qualquer efeito prático. Inobstante os contatos com a Presidente da República e com vários Ministros de Estado, não se logrou demover as autoridades argentinas do desleal e ilegal bloqueio dos embarques legitimamente contratados com importadores argentinos.
Agora é amargar as perdas: os 700 mil pares que deixamos de embarcar para o Dia de las Madres, os outros 700 mil pares que seriam negociados para o Natal, mais pelo menos outros 700 mil que estariam em produção neste mês de dezembro e janeiro para a temporada de outono-inverno. E, o maior de todos os prejuízos: o dano causado à nossa credibilidade perante os importadores, pela nossa incapacidade de assegurar a efetiva entrega do produto na época contratada.”
Entenda
O governo argentino instituiu, em 2012, a necessidade da DJAI, burocracia que obriga o importador a declarar suas intenções de investimento em solo argentino ou a apresentar um programa de exportações, processo que ficou conhecido por “uno por uno”. Na prática, a política busca, por meiro de uma manobra protecionista, equilibrar a balança comercial argentina. Alguns calçados brasileiros aguardam liberação desde julho.
Foto: divulgação
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