DPA
22 de dez. de 2016
CEO da Adidas coloca pressão sobre a Reebok
DPA
22 de dez. de 2016
Kasper Rorsted, o CEO da Adidas, coloca pressão na filial americana da Reebok, em dificuldade, e pretende reforçar o conjunto das atividades norte-americanas do grupo para fazer frente a uma concorrência intensa da Nike.
"A situação da Reebok deve melhorar de maneira significativa", declarou Kasper Rorsted ao jornal alemão Handelsblatt. Ao longo dos quinze últimos trimestres, a marca viu crescimento, mas somente fora do mercado norte americano.
É neste contexto que o grupo decidiu separar completamente as atividades das suas marcas, em especial Adidas e Reebok, no mercado americano: "A equipe Reebok de Boston se concentrará a partir de agora em suas próprias atividades. Se esta nova organização funcionar como previsto, a Reebok seguirá na família".
Adidas comprou a Reebok em 2006 e desde então tentou reforçar a sua imagem como marca de fitness. No entanto, a transição não foi fácil, ao ponto que Herbert Hainer, o predecessor de Kasper Rorsted, teve de enfrentar regularmente questões sobre a pertinência desta aquisição.
O novo CEO, que assumiu as rédeas do grupo em outubro passado, herdou um plano estratégico detalhado que corre até 2020, tratando em especial da reorganização da marca. Um plano que ele pretende respeitar, segundo suas declarações ao diário Handelsblatt.
Kasper Rorsted se diz particularmente preocupado com a recuperação das atividades na América do Norte, onde o grupo sofreu com a concorrência, mesmo que alguns sucessos tenham sido registrados ultimamente.
Investimentos importantes foram efetuados no mercado americano, e este esforço deveria continuar no futuro. Segundo o CEO, "esses investimentos adicionais são necessários para recuperar o atraso em relação à Nike e acelerar o nosso crescimento. O desempenho da Adidas é atualmente satisfatório e seu crescimento superior àquele das outras marcas do grupo, mas a situação exige paciência.
A venda das atividades de equipamentos de golfe, iniciada por Herbert Hainer, ainda não foi finalizada. Kasper Rorsted confirmou que o processo de venda segue seu curso, sem dar mais detalhes, destacando que o golfe não fazia parte do DNA do grupo Alemão.