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Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
13 de jul. de 2018
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6 Minutos
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CEO Jean Cassegrain fala sobre a na construção da Longchamp como uma verdadeira marca de moda

Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
13 de jul. de 2018

O grande objetivo das marcas de acessórios nas últimas duas décadas tem sido transforma-las em marcas de moda completas. E este também é o objetivo de Jean Cassegrain, CEO da Longchamp e neto do fundador, conforme ele indicou ao FashionNetwork. Cassegrain vai realizar um desfile oficial da marca francesa em Nova York, no dia 8 de setembro.


Jean Cassegrain


Mas, para cada Prada ou Gucci, existe uma Tod's, Hogan ou Kate Spade, que lançaram coleções de moda decentes, mas que tiveram pouco sucesso. Muitas tentaram, mas nem todas conseguiram, embora a Longchamp pareça habilmente preparada para passar para o próximo nível. A marca francesa certamente não é a primeira especializada em artigos de couro a querer se tornar uma marca de moda, então, como explicar a confiança de Jean Cassegrain?
 
"No passado, moda e artigos de couro eram negócios muito diferentes: agora é apenas uma grande indústria, e obviamente algumas das marcas que agora são líderes em moda começaram trabalhando com couro: Hermès, Gucci, Prada, enquanto outras começaram com moda: Chanel, YSL, Dior, e hoje têm sucesso com seus acessórios. Não existe uma fronteira”, explicou Jean Cassegrain durante uma entrevista por telefone na manhã de sexta-feira (13).

Este ano tem sido movimentado para a Longchamp nos Estados Unidos: a marca parisiense abriu uma loja na Fifth Avenue, apresentou uma coleção criada pelo designer nova-iorquino, Shayne Oliver, e Kendall Jenner foi nomeada a nova embaixadora da marca. Neste outono, uma nova loja da Longchamp será aberta desta vez em Beverly Hills. Mas os holofotes continuarão focados em seu primeiro desfile em Manhattan.

"No passado, a bolsa era um objeto funcional, e hoje é uma afirmação de moda real, por isso é vital que façamos uma proposta real forte e simbólica para estar em uma semana da moda", explica ele. "Obviamente, existem riscos, mas a vida é assim, e também é arriscado não tentar. Eu noto que muitas marcas tradicionais de artigos de couro, francesas, americanas ou italianas, que não fizeram essa transição hoje enfrentam dificuldades. Antes, bastava vender bolsas bem feitas, sóbrias e funcionais, hoje não funciona mais assim!", conta o CEO.
 
"Você tem que criar emoção, não é apenas uma questão de necessidade, mas também de sedução, e a moda traz isso”. É claro que há o risco de críticas negativas e vendas fracas, mas confiamos em nossa capacidade e estamos no ramo da moda há 10 anos, então tivemos tempo para fazer alguns cálculos. Mas, permanecer com um especialista em bagagem não é suficiente. É um risco ainda maior", diz ele.
 
A Longchamp adotou um método bastante singular. Nos últimos dez anos, a marca organizou apresentações privadas de suas coleções, criadas pela irmã de Jean Cassegrain, Sophie Delafontaine, apenas para compradores e amigosum pequeno número de jornalistas foi gradualmente admitido, resultando em críticas positivas, mas restritas.


Longchamp prêt-à-porter Outono/Inverno 2018


“É verdade que criamos o prêt-à-porter de forma discreta, e no campo de artigos de couro sabemos tudo sobre a cadeia de suprimentos e produção, mas para a moda, leva tempo para para criar um círculo de fornecedores de qualidade. E também precisávamos de lojas maiores, e definir com precisão a nossa identidade estilística. Hoje estamos prontos para apresentar um verdadeiro desfile de moda. Um desfile é um momento midiático importante, e a melhor maneira de explorar nossa coleção", conclui. É também o 70º aniversário da Longchamp, fundada pelos avós de Jean, Jean e Renée, em 1948. “Então, um desfile de moda é um belo símbolo de uma nova porta que se abre".
 
"De qualquer forma, nós gostamos de criar uma surpresa. A Longchamp em Nova York é algo inesperado e atrai atenção. Em Paris seria mais natural", diz ele. Três dias após o desfile, ele vai dar uma festa no Palais Garnier, em Paris. "Um símbolo admirável da criação e patrimônio artístico, o que nos corresponde bem. Além disso, a primeira loja dos meus pais ficava a apenas 500 metros, no Boulevard Poissonnière”.

Paralelamente aos seus planos para o prêt-à-porter, a Longchamp está trabalhando ativamente em sua imagem. Por muitos anos, ela foi uma marca de médio porte, sua bolsa mais famosa, a Pliage, foi copiada muitas vezes. Mas, a marca francesa conseguiu melhorar sua imagem através de uma série de colaborações artísticas.
 
No início dos anos 1970, a Longchamp colaborou com o artista parisiense Serge Mendjisky em "uma pequena série de produtos que ainda fazem parte de nossos arquivos, quando ninguém estava fazendo colaborações artísticas". Desde então, a marca desenvolveu bolsas com um grande número de personalidades e artistas, de Tracey Emin a Kate Moss, de Charles Anastase a Jeremy Scott.

"Jeremy é um personagem único, com idéias atraentes e inteligentes a cada temporada, e a bolsa Pliage é como uma página em branco na qual artistas, designers e até músicos podem se expressar livremente", diz Jean Cassegrain, referindo-se a Michel Gaubert, criador da arquitetura sonora de todos os desfiles de Karl Lagerfeld, e que criou capas de iPod e bolsas de DJ em colaboração com a Longchamp.
 
"Não se trata de marketing ou de uma uma estratégia calculada, mas de querer fazer algo criativo e divertido. Muitas vezes um encontro casual leva à colaboração", diz ele. Jean Cassegrain é um executivo disciplinado, que gosta de esquiar em Courchevel em seu tempo livre, e cujo bigode espetacular lembra o de Alfred de Musset. Ele começou a trabalhar para a Longchamp em 1991, depois de vários anos na Andersen Consulting, um serviço militar, e um trabalho na French Trade Commission em Nova York.
 
Ainda inteiramente controlada pela família Cassegrain, a Longchamp não divulga seus resultados financeiros, mas estima-se que suas vendas excedam os 600 milhões de euros. As vendas online representavam menos de 5% das vendas, mas os esforços da Longchamp nos Estados Unidos estão começando a dar resultado: as receitas de vendas online passaram a exceder 10% do total.

Um caso de sucesso francês exemplar, a Longchamp é também uma grande empregadora: mais de 3.000 pessoas trabalham para a marca globalmente, a maioria em suas seis fábricas espalhadas por Angers e Vale do Loire. Uma sétima fábrica será aberta no mês de agosto em Vendée, resultado de um grande investimento. A produção é dividida entre a França e outras fábricas na Tunísia e Ilhas Maurício, onde a empresa está presente há mais de 30 anos, e fabricantes parceiros na Romênia, Marrocos e China. "Fabricamos uma parte de cada uma das nossas categorias de produtos em todas as nossas fábricas, gostamos de espaços multifuncionais. Não é uma questão de fazer produtos baratos no exterior e produtos mais caros na França!".

A Longchamp tem cerca de 300 lojas em 20 países, está presente em lojas de departamentos e duty-free, e em 1.500 pontos de venda adicionais. As suas roupas já estão distribuídas em 40 lojas da Longchamp, mas agora resta ver se sua coleção fará sucesso entre os compradores das lojas americanas e internacionais depois do desfile. Historicamente, esse é o termômetro que separa as marcas de acessórios que se tornaram grandes players de moda das demais
 
Aguardamos o desfile...

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