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Agência LUSA
Publicado em
27 de nov. de 2016
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Burel, o tecido português das capas de pastores com inúmeras aplicações

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Agência LUSA
Publicado em
27 de nov. de 2016

O burel, tecido artesanal feito de lã, é tradicionalmente usado para capas e casacos de pastores da Serra da Estrela, mas, por ser “tão versátil”, já é aplicado também em calçado e até como revestimento de paredes.

Em 2008, apercebendo-se do “impacto que a falência das antigas fábricas de lanifícios causaram na população local”, a portuguesa Isabel Costa e o marido decidiram iniciar dois projetos que “pudessem ajudar à revitalização econômica de Manteigas”, região central de Portugal.

Visual Miguel Gigante | Atelier de Burel - Foto: Divulgação


“Por [o burel] ser [um tecido] tão versátil, podemos aplicá-lo em quase tudo, desde moda, calçado, objetos de decoração, revestimentos de paredes, arquitetura, enfim, as possibilidades são felizmente inúmeras”, contou Isabel Costa em declarações à agência Lusa.

Foi dois anos mais tarde, em 2010, que este casal decidiu “recuperar a fábrica da Lanifícios Império e pôr em prática o projeto Burel”. “O projeto começou exatamente com o propósito de empregar as pessoas que tinham esse ‘know how’ e estavam desempregadas, por isso neste aspecto foi fácil” encontrar que trabalhasse o tecido.

Recuperar a fábrica implicou a recuperação de máquinas antigas, “que teve como objetivos recuperar o patrimônio industrial da fábrica e integrar uma geração de mestres que pudesse preparar uma nova geração de outros mestres nestas artes”.

Trabalhar o burel, pela sua densidade e diferentes tipos de acabamento, “exige uma maestria e algum engenho”.

A empresa de Isabel Costa, Burel Mountain Originals, participa anualmente em 12 feiras internacionais e parte do volume de negócios “é feito através das exportações”, nomeadamente para países como o Japão, Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Bélgica, Holanda, Reino Unido, Polônia, Suíça, Espanha, Taiwan, Singapura e China.

Entre as criações da empresa, que tem vários designers como colaboradores, estão uma “gama vasta de roupa, acessórios, carteiras, mochilas, produtos para casa, bancos, tapetes e brinquedos”. “Fazemos também vários projetos de arquitetura, através do revestimento de paredes, ou com painéis”, disse a responsável.

Foi o “novo fôlego” que Isabel Costa deu ao burel que deu à marca de sapatos portuguesa Josefinas “vontade de reinterpretar” o tecido típico das capas dos pastores da Serra da Estrela.

Recentemente, a marca criou uma “coleção especial, não limitada”, na qual “recupera elementos naturais e a ideia de inverno na Serra da Estrela”, contou à Lusa Sofia Oliveira, uma das sócias da marca.

A coleção é composta por dois modelos de botas e outros dois de tênis, impermeáveis. “Os nossos mestres sapateiros conseguiram trabalhar muito bem com o burel, que, com novas técnicas de manufatura, tornou-se resistente à água”, referiu.

Os Estados Unidos são o principal mercado desta marca (que tem a sua única loja física em Nova York), com cerca de 35% das vendas. Segue-se a Europa, com Reino Unido e Portugal em lugar de destaque. Recentemente, as vendas têm crescido em mercados como Singapura, Hong Kong e Austrália.

Mas estas não são as únicas empresas e marcas portuguesas a reinventar este tecido tipicamente português.

A marca de calçado Cortebel vende alguns modelos com burel. A Capucha decidiu “reinventar a capucha, uma capa tradicional portuguesa, usada por pastores e lavradores”. As capuchas são feitas à mão em burel.

Já a Ecolã Portugal vende, além de casacos e capas, malas, mochilas e boinas, confeccionadas em burel.

O criador de moda Miguel Gigante, sediado na cidade de Covilhã, “só trabalha com burel”, tecido com o qual faz casacos, coberturas de mobiliário, candeeiros, malas, almofadas, alfinetes de lapela e chapéus.

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