3 de jul. de 2017
Blink.me, Affet e Água de Cheiro falam da reinvenção dos seus negócios
3 de jul. de 2017
Inspirada no mercado americano, a Blink.me inaugurou em dezembro do ano passado no Shopping Morumbi Town, em São Paulo, um novo negócio que reúne loja de cosméticos e salão de beleza em um único espaço. “Nesse segmento, a credibilidade do cabeleireiro é enorme. A consumidora ouve muito esse profissional na hora de escolher os produtos. Por isso, é uma combinação que faz todo sentido”, diz Eduardo Kirchner, sócio-proprietário do Blink.me.
Ele foi um dos participantes do painel “Lojas para todos os gostos: novos conceitos que atraem os consumidores e trazem mais resultados”, ao lado de Rodrigo Faria, head de expansão do Grupo Afeet (que reúne as lojas Authentic Feet, Artwalk, MagicFeet e Tenis Express), Fábio Figueiredo, diretor de franquias da Água de Cheiro, e Claudia Silvano, diretora do Procon-PR. O painel foi moderado por Luis Henrique Stockler, presidente da consultoria ba}Stockler.
A rede de calçados, que começou em 1995 com duas lojas e hoje opera com 189 revende grandes marcas, como Nike, Adidas, Puma e Reebok. “Temos um público aspiracional. Por isso, quanto menos vitrine e mais loja aberta, melhor”, diz Faria. Segundo ele, foi-se o tempo em que o vendedor atuava como colhedor de pedidos. “Hoje ele é muito mais consultor do que vendedor”.
Não à toa, a Authentic Feet (marca que cresceu 35% em um mercado que registra 15% de retração) dispõe de um grande auditório para que as marcas parceiras deem seus treinamentos. “Com a crise, presenciamos uma queda no consumo, mas um aumento na cobrança por qualidade tanto de produtos como de atendimento”, diz Faria.
Diretora do Procon-PR, Claudia Silvano aproveitou para falar sobre o lado do consumidor. Ela citou o caso da edição limitada de um tênis de 1.200 reais da Adidas que levou os fãs da marca a dormirem na porta da loja. “As pessoas comprometem a renda para comprar um produto. E não é raro ver casos de chuteiras que descascam. A marca alega que é por causa do desgaste dos chutes. Mas o produto é feito para chutar. Por isso, pensem em que tipo de produto vocês estão colocando no mercado”, disse Claudia.
Uma pesquisa feita pelo Procon com 400 entrevistados apontou que 95,9% deles já havia comprado um produto com defeito. “O que me move é cidadania. O que move vocês é planilha”, disse a especialista, arrancando risadas do público. “Mas o importante é que a nossa intenção converge em algum momento: na hora de resolver a vida do consumidor”.
Diretor do grupo que comprou no ano passado a rede de franquias da Água de Cheiro, Fábio Figueiredo também falou dos desafios de reerguer uma marca que foi à falência e teve mais de 600 lojas fechadas em menos de três anos. “Retomamos com 194 lojas. O desafio de reerguer uma rede machucada é grande, mas avaliamos que, pelo recall da marca, valia a pena”.
A ideia, diz Figueiredo, é repaginar as lojas e fazer com que elas deixem de ser um ponto de venda para se tornarem um ponto de contato. O outro desafio é resgatar a confiança dos franqueados. “Vamos retomar a credibilidade. Os nossos franqueados sabem que, agora, têm alguém zelando pela recuperação da marca e pela retomada do negócio deles”.
Fonte: Portal NoVarejo
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