Birkenstock termina relação comercial com a Amazon Europa

Por

Barbara Santamaria

Traduzido por
Estela Ataíde

Publicado em
12 de dez. de 2017

A empresa de calçado alemã Birkenstock anunciou esta segunda-feira através de um comunicado que deixará de trabalhar com a Amazon Europa a partir de 1 de janeiro de 2018, acusando-a de ter vendido imitações da marca.  

A Birkenstock afirmou ter perdido a confiança no gigante do e-commerce após uma série de queixas relacionadas a venda de imitações não terem sido respondidas adequadamente pela Amazon. A Birkenstock declara que a Amazon não tomou as medidas necessárias para prevenir a venda de imitações, nem forneceu uma solução para o problema dos produtos falsificados.

“Em várias ocasiões, a Birkenstock apresentou queixas de que produtos falsificados e de má qualidade, que violavam os direitos de marca da Birkenstock e enganavam os consumidores relativamente à origem dos produtos, estavam disponíveis na plataforma”, diz a empresa alemã em comunicado.

“Colocando a parte a questão das obrigações legais, a Birkenstock acredita que uma parte fundamental da relação de confiança é que, quando notificada de tal violação da lei, a Amazon deveria fazer tudo ao seu alcance para prevenir este tipo de violação e outras semelhantes”, disse a Birkenstock.

A marca alemã procura proteger a identidade dos seus sapatos, conhecidos mundialmente pela sua elevada qualidade e produção na Alemanha. Segundo o comunicado, a falta de confiança na Amazon já havia levado a Birkenstock a deixar de utilizar os serviços de logística do gigante do e-commerce nos Estados Unidos, em janeiro de 2017, depois de uma série de incidentes semelhantes. Embora os seus produtos ainda sejam vendidos na plataforma, as entregas não são feitas com a Amazon.

A empresa é uma marca global com 3500 funcionários em todo o mundo e escritórios de vendas nos Estados Unidos, Brasil, China, Hong Kong, Japão, Dinamarca, Espanha e Reino Unido. Os seus produtos são vendidos em mais de 90 países nos cinco continentes.