Exclusivo
16 de ago. de 2012
Após 50 anos, Tibúrcio deixa a Piccadilly
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16 de ago. de 2012
Com mais de 50 anos dedicados aos Calçados Piccadilly, Tibúrcio Grings deixou o cargo de diretor de desenvolvimento no dia 1º de agosto. Conforme o executivo, que continua tendo sociedade na empresa, o negócio cresceu muito e, depois de tantos anos de trabalho árduo, tornou-se um fardo grande demais. “Minhas prioridades agora sou eu e minha família”, salienta. O cargo de diretor de desenvolvimento foi assumido por sua sobrinha, Ana Carolina Grings, que já participa dos processos de desenvolvimento há mais de 15 anos.
Tibúrcio é o primeiro representante da segunda geração da família Grings a deixar o comando da Piccadilly. Seus irmãos, Adair e Paulo Grings, ocupam os cargos de diretor administrativo e diretor presidente, respectivamente. A empresa foi fundada pelo pai, Almiro Grings, falecido em 2000, há 57 anos. “Como recebi de meu pai, estou passando para os filhos”, resume. Também atuam na empresa, além de Ana Carolina, os dois filhos de Tibúrcio - Cristine e Michel - e outros quatro representantes da terceira geração da família.
“Sou o primeiro a sair, mas também fui o primeiro a ingressar na Piccadilly”, brinca Tibúrcio, que iniciou aos 11 anos e no início passou por diversos setores da fábrica, como corte, modelagem, compras e custos. Ele destaca que sempre teve o sonho de fazer sapatos, mesmo contrariando o pai, que o aconselhava a seguir outra profissão. “Mas eu via minha mãe fazendo sapatos em casa, ajudava e gostava muito”, recorda.
Apaixonado por inovação, Tibúrcio foi o responsável pela aposta da Piccadilly em calçados da linha de conforto, no início dos anos 90. Também foi ele quem criou os tamancos com cepa de madeira, nos anos 70 . “A Piccadilly foi pioneira, ainda, no uso de sintético, como cabedal e sola de PU”, destaca Tibúrcio. Outro projeto seu é a linha Piccadilly MaxiTherapy, que consiste no uso do IVL (raios infravermelhos longos), cuja proposta é oferecer conforto com saúde.
Aos 63 anos, ele diz que, por enquanto, irá dedicar-se apenas a outros negócios nos quais já atua. “Se resolver pegar outro barco, será um bem menor, pois a Piccadilly, hoje, é um transatlântico.” Tibúrcio conta que, quando ingressou na empresa, a produção diária não chegava a 1,5 mil pares de calçado. Atualmente, a produção anual é de 10 milhões de pares.
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